domingo, 8 de novembro de 2015

Conto Colaborativo #2

#2

E como tudo não fazia mais sentido, como tudo estivesse brincando com minha memória, com minha mente, naquele dia, optei pela mais imprudente das alternativas, sentar em um daqueles bancos e esperar um sinal ainda desconhecido para que eu continuasse meu dia.

O que é um disco verde? Sério, o que é um disco verde? Mãos sobre os joelhos ou sobre os oceanos. A ponte de gelo cai mais uma vez na água. Toca o telefone.

Oi. Não, não cheguei ainda. Coisas aconteceram. Tá tudo bem, eu estou indo. Quando olhei o relógio, vi que tinham se passado algumas horas desde que saí de casa. Meus tênis cheios de areia. Decidi ir para o ponto de ônibus. Já estava muito atrasado mas sentia-me como anestesiado. Não calmo, mas desconectado. Eu tomo um café e tudo volta a fazer sentido. Ok, nem tanto. Subindo as escadas do ônibus começo a perceber que há algo em meu sapato. Mas o ônibus está cheio então permaneço em pé e com poucas alternativas de movimento. Tateando com os dedos tento descobrir do que se trata. Deve ser algo irrelevante como uma pedra, ainda assim, é já alguma coisa para se pensar.

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