domingo, 10 de fevereiro de 2013

Sol de Primavera

Gente, que preguiça.
Passei duas noites dormindo mal, pensando no que iria escrever assim que conseguisse editar e postar o vídeo. Como era de se esperar, não lembro-me mais.
É curioso como as palavras perdem o sabor com o tempo.
Bem, vou escrever sobre trivialidades enquanto encontro inspiração. Ontem passou Clube da Luta na TV de novo. Eu não havia percebido que as pessoas do clube continuaram gado mas com dono novo. Grande besteira isso. Mas enfim, é só ficção, vou tentar não ficar muito irritada.Entretanto, só de olhar pro Edward Norton eu fico boazinha. Não sei o que vi nele, até acho-o feio.


***

Os reais motivos que me levaram a querer escrever outro post: eu gravei um vídeo, depois de muito tempo matutando sobre. Vou escrever aqui para começar a manter um relatório do meu progresso, e os videos serão evidências.

Assistam o vídeo. Nem se assustem pois eu fiz tudo às pressas.

2011. Comecei a estudar canto lírico no Conservatório de Tatuí. No ano anterior estudei alguns meses com a Camila Senne. No Conservatório passei por 4 professoras em um semestre. Isso é uma bagunça quando você tem que apresentar peças para avaliação pois cada professora quer que você cante diferentes canções com diferentes abordagens.     Cancelei a matrícula no meio do segundo semestre, a tempo de reprovar Álgebra II (na USP).

2012. Depois de desistir umas 3 vezes, em abril conheci a Mônica D'Avila. Acho que encontrei finalmente uma professora compatível com a minha maluquice. Pelo menos é o que parece pois já se passaram 10 meses. Ademais, entrei no CoralUSP no grupo Sul Fiato e pela primeira vez na minha vida meus ouvidos se abriram para a música coral.

Ainda em 2012 tive a oportunidade de conhecer alguns dos perigos da profissão de cantora. A catálise surgiu em uma noite em que eu acabei passando 4 horas conversando com alguns amigos depois de duas horas de ensaio com o coral. Desse dia em diante treinar, falar ou ensaiar tornaram-se suplício. Desde então (não desde então, desde antes, mas como eu disse, foi uma catálise) tenho me sentido bastante deprimida. Acho que poucas pessoas sabiam o quanto e por quanto tempo eu desejo ser bem sucedida no canto e quanto tem sido frustrante a minha trajetória. A Mônica viu um pouco disso quando, depois de ela me perguntar durante uma aula "Afinal, há quanto tempo você estuda? Como pode esperar tanto depois de alguns meses apenas?" eu comecei a chorar. Ela não sabe que aquela não foi a primeira vez que ela me fez chorar.
Então no meio de questões emocionais delicadas para mim, de repente eu estava (estou) impossibilitada de sequer estudar propriamente. Por quê?

De repente o texto virou um desabafo. Eu caminho no muro entre o formal e o piegas. Não consigo me identificar com alguma coisa sem a impressão de estar copiando. Eu quero criar o novo indizível. Eu quero ter uma cara e uma forma. Eu quero saber como eu quero.

Estou muito velha para essas coisas? Não, não.


2013. Planos ou quasiplanos. (Hi!, pensei em axiomas de quasiplano - alguém tem alguma sugestão?)
- Encontrar uma fonoaudióloga que cobre pouco!
- Interiorizar o conceito de apoio.
- Dar "corpo" a minha voz.
- Aguentar um treino mais longo.
- Encontrar uma banda que me aceite no backing vocal.

Fiquei cansada. Até escreveria mais, mas tenho vergonha de me expor. Porém, tenho feito umas coisinhas assanhadas ultimamente nesse sentido.

Não quero mais pensar nisso.

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